sábado, 14 de janeiro de 2017

Recortes do livro "100 TIRANOS", de Nigel Cawthrone #2

TIRANOS DA IDADE MÉDIA

(O Drácula da vida real)

HARUN-AL-RASHID
763-809 • CALIFA DE BAGDÁ
Harun-al-Rashid sofria de insônia e percorria disfarçado as ruas à noite com um carrasco a seu lado, para o caso de querer ordenar a morte de alguém. Rompeu com seu melhor amigo, Jafar, possivelmente devido a um ciúme homossexual. Conta-se que Harun tinha promovido o casamento secreto de Jafar com a sua irmã, sob a condição de que ele não o consumasse. Quando os dois se apaixonaram e tiveram um filho, Harun ordenou a morte de toda a família Barmakid, incluindo os ramos mais distantes. As últimas palavras de Harun teriam sido: “Se me restar o fôlego para dizer uma única palavra será: ‘Matem-no’”. Ele permaneceu muito popular no mundo árabe, basicamente por ter feito de Bagdá uma metrópole mundial. Muitas das histórias do Livro das Mil e Uma Noites dizem respeito a ele.


GÊNGIS KHAN
1162?-1227 • GOVERNANTE DOS MONGÓIS
Ao morrer, em 1227, ele havia sido responsável pela morte de aproximadamente 20 milhões de pessoas, cerca de um décimo da população do mundo conhecido em sua época. Aos 12 anos matou o irmão numa disputa por um peixe. Aos 33 anos, havia se tornado o líder indiscutível das hordas mongóis – e adotou o nome de Gêngis Khan ("governante universal”).  Conquistou a China imperial, derrotou tropas russas, atacou o Casaquistão, dentre outros massacres e conquistas. A Gêngis Khan foram atribuídas estas palavras: “Digo-lhes que sou o flagelo de Alá, e, se não tivessem sido grandes pecadores, Alá não teria feito minha ira recair sobre suas cabeças”. Queimou a cidade de Bucara, que permaneceria desabitada por muito tempo. Além de massacrar os habitantes de cidades inteiras, destruiu sistemas de irrigação seculares. Muitos centros urbanos foram arrasados para sempre.Bamiy an também foi vítima dos mongóis, com seus gigantescos Budas escavados na rocha (estes sobreviveram a Gêngis Khan, para serem destruídos pelo Talibã afegão em 2002).  O próprio Gêngis Khan voltou à Mongólia e morreu nas margens do lago Baical em 1227. Dez anos após a sua morte, a “Horda de Ouro” mongol atacou mais uma vez a Rússia. Em 1347 os mongóis
inventaram a guerra biológica, lançando de catapulta cadáveres das vítimas da peste por sobre as muralhas para infectar os que estavam dentro delas. Os mongóis continuaram a devastar a Rússia durante séculos. 


JOÃO • O USURPADOR
1167-1216 • REI DA INGLATERRA
João tomou o poder de seu irmão (Ricardo Coração de Leão) na Inglaterra em 1190. Quando Ricardo retornou, em 1194, baniu o irmão. Quando Ricardo morreu, em 1199, João tornou-se rei. Ele impôs tributos pesados – especialmente aos judeus – e usurpou as prerrogativas dos barões feudais, tomando liberdades com suas mulheres e filhas. A nobreza reagiu e, em 19 de junho de 1215, o rei foi obrigado a assinar a Magna Carta, que afirma que o rei não está acima da lei.  O rei reuniu um grande exército para enfrentar os barões, que pediram auxílio aos franceses. Estava prestes a mergulhar a Inglaterra numa guerra em larga escala quando morreu de disenteria em 1216. 


TOMÁS DE TORQUEMADA
1420-1498 • GRANDE INQUISIDOR DA ESPANHA
O frade dominicano Tomás de Torquemada persuadiu os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela a impulsionar a Inquisição espanhola, que torturou e matou em nome da Igreja Católica. Orgulhava-se de ter uma vida extremamente austera: não comia carne e recusava-se a vestir linho por baixo de seu hábito grosseiro. E estava sempre descalço. Ele escreveu os 28 artigos que ajudaram seus inquisidores a extirpar a feitiçaria, bigamia, sodomia e usura, assim como a heresia, a blasfêmia e a apostasia. Autorizou o uso da tortura – em certos casos, até a morte – para extrair confissões. Argumentava que os judeus eram uma ameaça para a Espanha, e em 31 de março de 1492 Fernando e Isabel promulgaram o Edito de Expulsão, ordenando a saída de todos os judeus da Espanha. Dizia que não se devia derramar sangue, mas admitia que as pessoas morressem sob tortura. Se isso ocorresse, os inquisidores deviam buscar imediatamente a absolvição de outro sacerdote. Torquemada deu a todos os seus padres o poder de absolver uns aos outros de assassinato. Havia cinco estágios cuidadosamente concebidos para o interrogatório: descrição das  torturas; jornada até a câmara de tortura, em que a vítima via outras vítimas sendo torturadas; o prisioneiro era despido, ficando mais vulnerável;  mostrar à vítima o instrumento particular que seria usado nela; no quinto e último estágio, a dor começava.  Uma vez que a vítima fosse interrogada e sobrevivesse, não poderia ser torturada de novo.  Legalmente, confissões extraídas sob tortura não eram válidas. Por isso, 24 horas depois, a vítima era levada de volta ao Santo Ofício, onde sua confissão era
lida em voz alta. Sob juramento, ela devia afirmar que a confissão estava correta em cada detalhe. Se não o fizesse, a tortura, que havia sido meramente suspensa, seria reiniciada. Caso contrário, a vítima era encaminhada ao auto de fé onde era publicamente executada. Torquemada  continuou a supervisionar as atividades da Inquisição até 1498, quando morreu pacificamente em sua cama. A Inquisição continuaria por mais quase 400 anos. 


VLAD, O EMPALADOR 
C. 1431-1476 • CONDE DA VALÁQUIA
Inspiração para o conde Drácula, tornou-se governante da Valáquia,  ao sul da Transilvânia, em 1456.  O pai de Vlad foi honrado pelo sagrado imperador romano Sigismundo com o ingresso na Ordem do Dragão – dracul em valáquio. Isso significava que seu filho era “filho do dragão”, ou Drácula. Os seis anos seguintes de seu governo foram marcados pela crueldade. Quinhentos nobres valáquios que se opuseram a seu governo foram presos. Os mais velhos foram empalados; os mais jovens trabalharam até morrer na construção da fortaleza de Vlad, em Poenari. Ele continuou a cometer crimes em nome da lei e da ordem. Nem sequer crianças estavam a salvo do empalamento. Drácula mandava também esfolar pessoas ou fervê-las vivas, e depois exibia os corpos para que o público aprendesse a lição. Estima-se que tenha matado entre 40 mil e 100 mil pessoas e que cerca de 20 mil cadáveres foram exibidos na entrada de sua capital, Targoviste.  Tendo rompido com os húngaros, Vlad voltou-se para os turcos em busca de apoio, mas, quando se recusou a pagar um tributo de 10 mil ducados e 500 jovens, o sultão otomano Muhammad II, o Conquistador, invadiu a
Valáquia. Recuando diante do inimigo, Vlad queimou aldeias, envenenou poços e enviou vítimas de doenças infecciosas ao acampamento dos turcos. Quando estes finalmente alcançaram Targoviste, depararam-se com um campo com estacas nas quais podiam ver os corpos empalados de homens, mulheres e crianças, cerca de 20 mil deles… Muhammad II ficou tão assustado que se retirou. As circunstâncias da morte de Vlad permanecem obscuras. Seja como for, sua cabeça cortada foi levada pelos turcos para Constantinopla, onde foi cravada numa estaca acima da cidade. Há boatos de que , quando cerca de 300 ciganos entraram em seu país,  Vlad selecionou os três melhores dentre eles e os grelhou; estes os outros tiveram de comer.


HERNÁN CORTÉS
1485-1547 • DESTRUIDOR DOS ASTECAS
Conquistou o império asteca com 500 homens, 16 cavalos e alguns canhões, além da ajuda preciosa de sua amante, uma escrava chamada Malinche. Segundo as lendas astecas, o deus Quetzalcoatl, governante mítico dos toltecas, precursores dos astecas, havia sido exilado e deveria retornar em 1519, o ano exato em que Cortés chegou de Cuba. O líder Montezuma pensou que eles eram deuses e que seus navios eram templos de madeira. Ele lhes enviou ouro e trajes magníficos feitos de penas, com a esperança de que os deuses aceitassem os presentes e fossem embora. Dispondo de couraças, mosquetes, bestas, espadas, canhões e cavalos, os espanhóis tinham esmagadora superioridade militar. Os povos pré-colombianos do México vestiam trajes requintados e lutavam armados apenas com uma pequena espada feita de obsidiana – vidro vulcânico. Cortés destruiu o templo de Huitzilopochtli, deus asteca da guerra, e colocou no lugar uma imagem da Virgem Maria. Cidades astecas se renderam com medo. Os astecas também foram abatidos por uma epidemia de varíola trazida por um dos soldados europeus. Cortés demoliu Tenochtitlán, casa após casa, usando os entulhos para encher os canais que serviam de caminhos na cidade, no estilo de Veneza. A Cidade do México foi erguida sobre essas ruínas. Os astecas sobreviventes foram usados como força de trabalho forçado nas minas de ouro e prata. A conversão forçada ao cristianismo destruiu os elementos remanescentes de sua cultura. Cortéz morreu em Sevilha em 1547, antes de embarcar de volta para seu palácio mexicano, em Cuernavaca.


HENRIQUE VIII
1491-1547 • REI DA INGLATERRA
Quando Henrique VIII subiu ao trono, parecia ser o rei ideal – jovem, em boa forma física, bem-educado e atraente. Mas ele se transformou num tirano sanguinário. Em 1502, seu irmão mais velho, Artur, morreu e ele tornou-se herdeiro do trono. Em 1509, sucedeu ao pai Henrique VII, que tinha dado à Inglaterra 24 anos de paz depois das Guerras das Rosas.Para conservar a aliança com a Espanha, Henrique casou-se com Catarina de Aragão, com o entendimento de que o casamento anterior dela não havia sido consumado. Este parece ter sido também um casamento por amor – pelo menos no início. Embora Catarina tivesse dado à luz uma menina, a princesa Mary, em 1516, ela não conseguiu dar a Henrique o herdeiro do sexo masculino que ele tanto desejava. Catarina tinha então mais de 40 anos e Henrique havia se apaixonado por Ana Bolena, irmã de uma amante que havia lhe dado um filho ilegítimo. Ele apelou ao papa para que este lhe garantisse o divórcio. Na ocasião o papa Clemente VII estava sob o controle do imperador Carlos V, sobrinho de Catarina. Henrique foi em frente e desposou Ana Bolena sem a permissão do papa e rompeu os laços com a Igreja de Roma, declarando-se o chefe supremo da igreja na Inglaterra. Quando Ana também fracassou em gerar um herdeiro do sexo masculino, ele a acusou de adultério. Ela foi sentenciada a ser queimada viva, porém Henrique misericordiosamente alterou a sentença para decapitação e trouxe de Calais um hábil espadachim para a tarefa. Henrique casou-se com Jane Seymour, que lhe deu um filho, que morreu com
15 anos. Henrique casou-se outra vez, com uma princesa estrangeira, Ana de Clèves, mas ela não agradou ao rei, que a descreveu como “a égua flamenga”. A quinta esposa de Henrique, Catarina Howard, de 19 anos, foi executada por adultério quando se descobriu que ela não era virgem ao desposá-lo. O rei casou-se novamente, pela sexta vez, com Catarina Parr, que sobreviveria a ele. 


MARY I
1516-1558 • RAINHA DA INGLATERRA
Mary Tudor foi a primeira rainha a governar a Inglaterra por seu próprio direito. Sua brutal perseguição aos protestantes valeu-lhe a alcunha de “Bloody Mary ” (Mary, a Sanguinária). Filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão. Após a morte de seu meio-irmão, o frágil Eduardo VI, uma insurreição protestante levou Jane Grey ao trono, mas havia um sentimento generalizado de que era a herdeira legítima e Mary voltou a Londres para receber as boas-vindas de maneira triunfal. Logo após sua coroação, Mary começou a reanimar a Igreja Católica, que fora banida por Henrique VIII.  Promoveu a morte de 300 protestantes na fogueira. Seu casamento com o rei espanhol arrastou a Inglaterra a uma guerra impopular contra a França. Solitária, sem filhos e odiada, Mary morreu em 17 de novembro de 1558, sendo sucedida por sua meia-irmã Elizabeth I, uma protestante.


IVAN, O TERRÍVEL
1530-1584 • CZAR DA RÚSSIA
Tendo ascendido ao trono, como grão-príncipe de Moscou aos 3 anos de idade, Ivan vivia com medo da casta de guerreiros “boiardos”. A mãe de Ivan, Helena, assumiu o poder como regente. Ela morreu provavelmente envenenada, quando Ivan tinha apenas 8 anos. Os boiardos negligenciavam a ele e seu irmão surdo-mudo, Yuri. Ivan era um mendigo no próprio palácio. Ivan era um garoto inteligente e sensível, bem como um leitor insaciável. Ele descontava suas frustrações em animais indefesos, depenando pássaros, furando-lhes os olhos e retalhando-lhes os corpos. Em 29 de dezembro de 1543, Ivan, então com 13 anos, subitamente contra-atacou. Ao tomar o poder, Ivan já era um jovem perturbado e afeito à bebida. Ele atirava cães e gatos dos muros do Kremlin para ver seu sofrimento ao atingirem o chão e vagava pelas ruas de Moscou com uma gangue, bebendo, assaltando idosos, estuprando mulheres e matando suas vítimas estranguladas. Por outro lado, era muito devoto. Aos 17 anos, Ivan foi coroado czar da Rússia.  Ivan precisava se casar e todas as famílias nobres da Rússia apresentaram suas filhas. Ele escolheu Anastásia, uma Romanov, que conseguiu acalmá-lo. Quando ela morreu, em 1560, após ter gerado seis filhos, o czar voltou a ficar instável. Colérico e depressivo, tornou-se cada vez mais paranoico. Ivan dissolveu o conselho seleto e tomou o poder em suas mãos, iniciando um reino de terror. Até hoje, encontram-se listas que incluem cerca de 4 mil nomes de vítimas. Quando ele anunciou que abdicaria, em 1564, o povo implorou-lhe que ficasse, por achar que o reino de um czar louco era melhor que outra dose de governo boiardo. Ivan aceitou permanecer, sob a condição do poder absoluto. Os amigos não estavam mais seguros. Seu tesoureiro, Nikita Funikov, foi fervido até a morte em um caldeirão.
Em 1570, Ivan saqueou e queimou a cidade de Novgorod e torturou, mutilou, empalou, queimou e massacrou 60 mil de seus cidadãos.  Subitamente, em 1572 Ivan renunciou ao título de príncipe de Moscou e instalou um príncipe tártaro no trono, exilando-o um ano depois. Em 1561, casou-se com uma bela circassiana, mas logo se cansou dela. Ela morreu em 1569 e, dois anos depois, Ivan casou-se com a filha de um mercador, que encontraria seu fim duas semanas após as núpcias. Em 1575, livrou-se da quarta esposa enviando-a para um convento. A quinta esposa logo foi trocada pela sexta. Quando esta foi encontrada com um amante, ele foi empalado sob a janela dela e ela se juntou à quarta esposa no convento. Quando Ivan descobriu que sua sétima esposa não era virgem, mandou afogá-la. A oitava sobreviveu a ele. Enquanto isso, o czar se gabava de ter deflorado mil virgens. Ivan mantinha um bom relacionamento com seu primogênito, até que  em 19 de novembro de 1581 Ivan discutiu com a nora sobre a adequação das roupas que ela usava. Ele a espancou, causando um aborto. Pai e filho brigaram e Ivan acertou a cabeça do filho com o cajado de ponta metálica. O príncipe ficou em coma por dias até sucumbir. Ao final da vida, o corpo de Ivan inchou, sua pele descamava e exalava um odor terrível. Com a morte se aproximando, ele fez votos monásticos.


TOYOTOMI HIDEYOSHI
1536-1598 • GOVERNANTE DO JAPÃO
Completou a unificação do país. Soldado de Oda Nobunaga, que iniciara a unificação, Hideyoshi ascendeu rapidamente nas fileiras dos samurais e chegou ao comando quando Nobunaga se suicidou, em 1582. Uma vez, desviou o curso de um rio para dentro de um castelo inimigo, afogando todos os habitantes. Nas invasões à Coreia em 1592 e 1597, ele encorajou seus homens a cortar nariz e orelhas dos inimigos e planejava fazer um grande monte com eles em Kyoto.Quando seu único filho morreu, em 1591, Hidey oshi nomeou seu sobrinho de 23 anos, Hidetsugu, como seu sucessor. Seis meses depois, quando outro filho nasceu inesperadamente, Hidetsugu foi exilado; depois, foi ordenado a cometer suicídio. Sua jovem esposa, seus três filhos e suas 30 concubinas foram exibidos pelas ruas de Kyoto e publicamente executados em seguida.

ELISABETE BÁTHORY
1560-1614 • CONDESSA DA TRANSILVÂNIA
De uma beleza lendária, Elisabete Báthory tinha familiares conhecidos pela loucura ou perverção sexual, além de um tio que era um infame adorador do diabo. Elisabete passava horas admirando a própria beleza no espelho e teve uma série de amantes. Chegou até a fugir com um deles, mas retornou e foi perdoada pelo marido. Também começou a visitar regularmente sua tia, a condessa Clara Báthory, bissexual assumida. Ela se divertia ainda torturando jovens criadas: seus castigos favoritos incluíam deixá-las despidas na neve. Com a orientação de uma velha serva chamada Doroteia Szentes (Dorka), que dizia ser bruxa, ela passou a se interessar pelo oculto. Dorka encorajou as tendências sádicas de Elisabete e, juntas, as duas começaram a disciplinar as criadas em uma câmara de tortura subterrânea. Com a ajuda de Dorka e de
outra bruxa chamada Ana Darvulia, que também seria sua amante, Elisabete satisfez suas fantasias de perversão. Em 1600, o marido de Elisabete faleceu. Ela agora tinha 40 anos e acreditava ter encontrado o segredo da juventude eterna: o sangue de moças jovens.  Assim, Elisabete banhou-se em sangue, convencida de que embelezaria todo o seu corpo. Ela continuou o tratamento pelos dez anos que se seguiram, banhando-se regularmente no sangue de jovens que eram contratadas como criadas do Csejthe e das aldeias próximas, e então mortas e mutiladas. Ela bebia seu sangue também para rejuvenescer os órgãos internos. Mais tarde, chegou à conclusão de que o sangue das camponesas era de uma qualidade inferior, então enviou seus escudeiros para sequestrarem garotas da aristocracia. Em 1610, o rei Matias II da Hungria ordenou que o conde Cuyorgy Thurzo investigasse os crimes. Na noite de 30 de dezembro de 1610, Thurzo invadiu o castelo Csejthe com um grupo de soldados. Nas masmorras, encontraram diversas garotas vivas, algumas das quais haviam sido torturadas. Sob o castelo, desenterraram os corpos de cerca de 50 jovens e, no quarto de Elisabete Báthory, encontraram citações de possíveis 650 vítimas. Mas a condessa era de origem nobre, então não foi levada a uma corte para julgamento. O rei Matias queria que Elisabete enfrentasse a pena de morte por seus crimes, mas, em respeito ao primo dela, seu primeiro-ministro, ele a condenou à pena perpétua de confinamento solitário. As portas e janelas do quarto da condessa foram muradas com ela dentro. Deixou-se uma pequena brecha, por meio da qual a comida passaria. Em 1614, quatro anos depois de ter sido enclausurada, a “Condessa Sangrenta” estava morta, aos 54 anos.

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